Depois de 15 anos que estive
grávida pela primeira vez e 11 anos desde a segunda gravidez, vivencio o
privilégio de ser gestante uma vez mais. Ao contrário do que a maioria pensa
esse bebê não veio de surpresa: foi planejado e desejado. De fato, se os custos
financeiros me permitissem, teria muitos filhos. Sou muito apaixonada por tudo
o que envolve o tema: admiro muito a mulher quando está gestante, admiro o
milagre da vida, o barrigão, o enxoval da mamãe e do bebê e, pensar na
conquista de ter um filhinho nos braços, meu Deus, é fantástico!
Ainda não sabemos o sexo do
bebê e esse fato faz com que todos os preparativos para a chegada de meu filho
fiquem em stand by. É impossível comprar roupas, sapatinhos,
meias, toalhas, enfeites, protetor para berço e todo o resto sem saber o sexo
do bebê. Mesmo as cores neutras, como o branco, amarelo e o verde claro, estão
bem aplicadas em modelos bem definidos: ou é feminino ou é masculino. Fiquei
pensando que, atualmente, saber o sexo do bebê não é opcional, é obrigatório. Quando
tive meu primogênito, o médico, durante a ecografia, me perguntou se eu queria
ou não saber se era menino ou menina. Já na segunda experiência, o médico só
disse e pronto.
Esses pensamentos me
proporcionaram a possibilidade de refletir sobre o momento social em que vivemos.
Eu, como mamãe gestante, não posso escolher esperar o nascimento para descobrir
o sexo do meu bebê. Também como mamãe de filhos crescidos, tenho que comprar
uma briga feia com o mundo para vestir, educar, ensinar, meus filhos como ‘Homens’,
já que eles são homens!
É difícil comprar uma calça
ou camiseta que não seja afeminada. Até os ternos, camisas e sapatos masculinos
são afeminados! Penso que se tivesse uma menina encontraria um problema da
mesma proporção ou maior! Para nossos filhos e, por que não para TODOS os apostólicos, viver Deuteronômio 22:5 é
MUITO desafiador “Não haverá traje de homem na mulher, e
nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação
é ao Senhor teu Deus."
Será em
qual momento que o que era bem definido se perdeu ou se perde? Qual é a minha
participação ou a da igreja nesse perder os limites impostos por Deus (Provérbios
22:28)? Posso fazer algo para que o desejo de Deus seja manifesto sobre a Terra?
Faço das palavras de outra grávida as minha: “Disse então Maria: Eis aqui a serva do
Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” Lucas 1:38.
Com carinho,
Miriam R. S. Alvear
Com carinho,
Miriam R. S. Alvear