Algumas questões assombram
minha mente. Os limites entre o certo e o errado, quais são? Quando o cristão
deve se calar? Quando devemos falar? E como mulher, uma palavrinha é por demais
intrigante e desafiadora: Submissão...
Não,
não tenho vontade de “matar a Eva”. Eu concordo com João “Porque este é o amor de Deus: que
guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.” (I Jo
5:3). O desafiador é saber COMO
agir?
Sempre
pensei em quão louca foi Safira (ver Atos 5) em concordar com seu marido. Ela
podia ter evitado a Morte em sua casa e em sua vida, mas foi tão complacente,
tão pacífica, tão parecida a muitas de nós...
O
oposto de Safira foi Abigail (ver 1 Samuel 25). Ela era mulher inteligente, de
atitude, sabia a quem recorrer, sabia como agir.
Lendo
a Bíblia, me deparei com uma situação que me trouxeram essas questões a mente
uma vez mais: “Então José, seu
marido, como era justo, e a não
queria infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mateus 1:19).
Incrível! José não era “barraqueiro” do tipo que não leva desaforo para casa. Ele
era justo e não queria denegrir a imagem de uma mulher que, a seu ver num
primeiro momento, tinha denegrido a imagem dele.
Eu
vejo aqui um homem de caráter exemplar! Mas ser religioso, bom caráter,
pacífico não significava ser complacente com o erro. Se a situação não era
certa, ele não estava disposto a fazer parte disso! Por isso intentou deixar Maria.
Isso não combina perfeitamente com o que está escrito em I Co 13:6 “O amor não
se folga com a injustiça, mas folga com a verdade”?
Pensei
em Moisés. Ele é descrito como o homem mais manso da terra (Nm12:3), mas ao ver
a corrupção do povo de Israel quebrou as Tábuas da Lei jogando-as ao chão
(bravo, talvez irado). Ele se opunha radicalmente ao erro e agia contra o
mesmo.
Jesus
saiu virando as mesas dos comerciantes com um chicote nas mãos, botando todo
mundo para correr, numa ocasião (Mt 21:12) rsrsrsrs. Dá para imaginar?
E então, você sabe agir? Você é mansa, justa, santa, mas
complacente com o erro? Bem, o zelo pelas coisas santas não me permitem ser
complacente com o erro.
Com carinho Miriam Alvear
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