Minha mãe tinha olhos mágicos, embora eu não tenha percebido isso na infância.
Na verdade, descobri o fato na vida adulta.
Quando criança, pintei para minha mãe um quadro com uma grande árvore ao
fundo. Ela disse: "Que lindo."
Anos mais tarde, percebi que a árvore era grossa onde deveria ser
fina e torta onde deveria ser reta.
Em outras ocasião, bordei a palavra MÃE. Os pontos ficaram bem longe uns
dos outros e um pouco tortos também. Além disso, a agulha era muito grossa para
o tecido.
Agora entendo por que ela disse que meu trabalho era "lindo".
Ela não o viu com os olhos naturais, mas com os olhos mágicos do amor. Ela não
viu as árvores tortas de galhos esquisitos, e sim a criança trabalhando,
laboriosamente expressando seu amor na pintura. Ela não viu o bordado torto, o
traçado fora de linha: ela enxergava os dedinhos furados com a agulha e as mãozinhas
que trabalhavam com dificuldade.
Seus olhos mágicos viam além do presente material e contemplavam o coração
que ofereciam sua dádiva de amor.
Que olhos maravilhosos as mães carinhosas possuem!
Para o cristão fiel, o amor do Pai Celeste é igual ao amor de mãe.
Enxergando além de erros impensados, asneiras e atos imperfeitos. O Senhor vê o
coração humilde, ansioso para amá-lo e servi-lo. (Autor
desconhecido)
Eu tinha uma mãe assim, com olhos mágicos. Era o que mais admirava nela.
Foi ela que me mostrou o caminho da Salvação.
Miss. Heidi Alvear
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