Uma pobre mulher morava com sua neta que estava muito doente. Vendo que a criança piorava, foi buscar ajuda na cidade mais próxima, há duas horas dali. No hospital, disseram para trazer a neta para ser examinada.
Desesperada, já que sua neta não conseguia nem levantar da cama, passou por uma igreja e resolveu pedir ajuda. Encontrou algumas senhoras orando. Elas ouviram a sua história e a convidaram para orar. Após fervorosas orações, já se levantavam, quando a mulher quis orar também.
Como ela tinha pouca cultura, disseram-lhe:
- Não precisa. Já oramos! A sua neta ficará boa."
- Não precisa. Já oramos! A sua neta ficará boa."
Mas ela insistiu:
- “Deus, sou eu. Olha, a minha neta está muito doente. Pode ir lá curá-la? Quer anotar onde fica?”
As outras estranharam.
Ela continuou:
“Já tem a caneta, Deus? Siga para Belo Horizonte, depois do rio com a ponte, entre na segunda estradinha.”
Algumas mulheres deram uma risadinha reprimida.
- “O meu barraco é o último. Pode entrar, não tem cachorro.”
As senhoras indignavam-se.
- “A porta está trancada, mas a chave fica debaixo do tapetinho na entrada. Entre e cure a minha netinha. Mas, olha só, Deus, não se esqueça de colocar a chave de volta para eu entrar”.
As outras a interromperam:
- “Não é assim se ora! Deixe que Deus ouvirá a nossa oração. Temos muita fé!”
A mulher voltou um tanto desconsolada. Em casa, sua neta veio recebê-la.
- “Neta, já de pé?”
E a menina explicou.
- “Veio um homem vestido de branco e mandou-me levantar. Não sei como, me levantei. Depois ele sorriu, beijou minha testa e disse que ia embora. Mas avisou que ia deixar a chave debaixo do tapetinho”.
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